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Óleo Essencial de Hortelã Pimenta no combate ao mosquito da dengue

Você sabia que o OE de Hortelã pimenta pode ser eficaz no combate ao mosquito da dengue?

Os mosquitos são uma ameaça séria para a saúde pública, são vetores de transmissão de várias doenças perigosas. Aproximadamente de 2 bilhões de pessoas nos trópicos e subtrópicos são alvo da ação desses insetos.
Aedes aegypti e Aedes albopictus são vetores de doenças graves como: dengue, dengue hemorrágica, febre chicungunha e febre amarela.
O Controle do desenvolvimento do mosquito e a proteção pessoal contra picadas de mosquito são atualmente as mais importantes medidas para controlar essas doenças. O uso de larvicidas e repelentes naturais estão sendo objetos de estudo para se de prevenir a transmissão dessas doenças para os seres humanos.
Atualmente o método mais comum para o controle de mosquitos vetores e redução da transmissão de patógenos para humanos baseia-se no uso de químicos à base de inseticidas, o DEET (N,N-dimetil-meta-toluamida), um repelente usado em produtos para evitar picadas de insetos, como mosquitos, moscas, pulgas e pequenos insetos voadores. DEET é um líquido incolor que tem um ligeiro odor e não se dissolve facilmente em água. DEET foi desenvolvido pelo exército dos EUA em 1946 para a proteção de soldados em áreas infestadas de insetos. Repelentes de insetos contendo DEET têm sido utilizados pelo público em geral nos Estados Unidos desde 1957.
No entanto, o uso frequente e repetido de inseticidas químicos resultou na resistência dos insetos, na desestabilização do ecossistema e efeitos tóxicos sobre os seres humanos e organismos não-alvo. Assim, existe uma necessidade urgente de desenvolver novos inseticidas para controlar os mosquitos que sejam ambientalmente mais seguros, biodegradáveis e eficientes no combate aos mosquitos alvos.
Pesquisadores tem relatado a eficácia de extratos vegetais e óleos essenciais como larvicidas e eficientes repelentes de mosquitos, sem acarretar riscos de toxicidade para seres humanos. Estudos etno-botânicos mostram que em algumas comunidades rurais, o uso de repelentes de plantas para reduzir o contato vetor humanos é uma prática comum.
Os óleos essenciais são substâncias voláteis naturais encontrados numa variedade de plantas. Comercialmente, os óleos essenciais são utilizados de quatro maneiras principais: como produtos farmacêuticos, como intensificadores de sabor em muitos produtos alimentares, como fragrâncias odorantes e como inseticidas.
O óleo essencial de hortelã pimenta extraído por destilação a vapor das folhas de Mentha piperita tem uma longa tradição de uso medicinal. Tem alto teor de mentol, e é frequentemente usado em certos alimentos. Também relatou-se que o OE de hortelã pimenta reduz a dor abdominal, cólicas e reduz sintomas da síndrome do intestino irritável. Porém, é no componente químico chamado mentona, presente em concentração elevada neste óleo essencial, que encontramos a tão procurada ação pesticida natural.
Investigações e experimentos foram realizados onde os resultados obtidos comprovaram a eficácia do óleo essencial de Mentha piperita, o OE de Hortelã pimenta, contra as larvas do vetor da dengue. Todos os tratamentos resultaram em mortalidade completa de larvas sem qualquer aparecimento de pupa ou adulto. Os grupos de controle ou não tratados não mostraram qualquer mortalidade no prazo de 48 h. As larvas desenvolveram-se em pupas e adultos, em seguida, dentro de 60-72 h.
O óleo essencial de Mentha piperita (OE de Hortelã pimenta) tem exercido atividade repelente promissora e notável contra Ae. Aegypti adulto. Os presentes estudos revelaram a percentagem de proteção em relação ao tempo (min). As investigações resultaram em 150 min de tempo de proteção completa com 0,1 ml de óleo aplicadas nos braços de voluntários humanos. Depois de 150 min, a diminuição da eficácia do óleo resultante em uma pequena não-repelência de 7% dos mosquitos. Por conseguinte, a proteção diminuiu para 27% em meia hora. A Primeira mordida do vetor da dengue foi observada após 165 minutos da aplicação do óleo essencial, sendo a repelência e proteção observada de 96% e 88,8%, o que diminuiu para 93,2% e 73,1%, respectivamente, após 180 min. O tratamento controle não mostrou qualquer proteção mesmo durante o primeiro julgamento. O número de mordidas no tratamento controle variou entre 3-9 picadas em 3 min de exposição período, distribuídos por 180 min.
Essa  pesquisa revelou as excelentes propriedades repelentes de óleo essencial de M. piperita contra Ae. aegypti adultos, resultando em 100% de proteção até 150 min. Depois de 30 min, apenas 1-2 mordidas foram registradas, em comparação com 8-9 mordidas no braço de controle. Em 2009, Nour et al informou que os óleos essenciais de quatro variedades de manjericão (Ocimum basilicum), também conferiam repelência completa contra o mosquito Anopheles com duração de  para 1,5 a 2,5 h por uma aplicação de 0,1 ml para o braço de um voluntário humano.
Em outros relatos disponíveis, muitos óleos essenciais têm demonstrado propriedades repelentes. O óleo essencial de Cinnamomum zeylanicum, Zingiber officinale, e Rosmarinus officinalis também mostraram atividades repelentes contra Anopheles stephensi, Ae. aegypti e Culex quinquefasciatus.
Como os produtos naturais são geralmente preferidos em medidas de controle de vetores devido ao seu efeito menos deletério sobre organismos não-alvo, a sua biodegradabilidade inata e tendo em vista a resistência desenvolvida pelas larvas do mosquito contra inseticidas químicos, vale a pena identificar novos compostos ativos de produtos naturais contra os mosquitos. Assim, os resultados apresentados aqui abrem a possibilidade de novas investigações da eficácia dos óleos essenciais como adulticida, impedimento de oviposição e ação ovicida contra os mosquitos
Fonte: Sarita Kumar; Naim Wahab e Radhika Warikoo. 

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