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Saiba mais sobre os métodos de extração dos Óleos Essenciais
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Entenda como os óleos essenciais podem ser obtidos de diferentes formas
Podemos dizer que os óleos essenciais são a forma mais concentrada de energia vegetal. São substâncias orgânicas e naturais, responsáveis pelo aroma das plantas aromáticas. Voláteis, não-oleosos e altamente concentrados, são muito potentes.
Existem diferentes métodos de extração dos óleos essenciais, cada um deles com uma eficiência e rendimento específicos. Em geral, o método de extração é escolhido de acordo com as características da espécie vegetal selecionada, e os diferentes órgãos da planta como raiz, semente, cascas, folhas, flores e frutos.
Em alguns casos, cada método de extração é capaz de produzir um tipo diferente de óleo essencial, com composição química distinta, ainda que se utilize a mesma planta. No caso da bergamota, por exemplo, ao ser submetida à prensagem da casca, resulta em um óleo essencial rico em componentes fotossensibilizantes – as furanocumarinas, no entanto, quando submetida à destilação, seu óleo essencial é livre de furanocumarinas – encontrado com a sigla LFC no rótulo – e pode ser utilizado sem risco de provocar manchas na pele.
A extração de óleos essenciais visa isolar os compostos voláteis responsáveis pelos efeitos terapêuticos das plantas. A seguir, confira os principais métodos.
1. Destilação a vapor
- É o método mais utilizado para a extração de óleos essenciais. Nessa técnica, vapor d’água é passado através da planta, e os compostos voláteis são levados com o vapor. O vapor é então resfriado, separando-se o óleo da água. Este processo é amplamente utilizado para óleos essenciais extraídos de flores, folhas e raízes, cascas, resinas, como o de eucalipto radiata, manjericão, manjerona, vetiver, patchouli, anis estrelado, breu, mirra, olíbano.
- Mantém a integridade dos compostos bioativos, preservando as propriedades terapêuticas sem a degradação dos componentes sensíveis ao calor.
2. Prensagem a frio
- Método mais comum para óleos essenciais extraídos de cascas de frutas cítricas, como limão siciliano, tangerina, laranja doce e amarga, mandarina, grapefruit e bergamota. A casca é prensada mecanicamente, liberando o óleo essencial e os componentes aromáticos.
- Esse método não utiliza calor, preservando compostos voláteis termossensíveis.
3. Extração com CO₂ supercrítico
- Utiliza dióxido de carbono em estado supercrítico (entre líquido e gasoso) como solvente para extrair óleos essenciais. Esse método oferece uma extração limpa e altamente eficiente, preservando a maior quantidade de compostos voláteis sensíveis e resultando em um óleo de altíssima pureza.
Preserva compostos raros e voláteis que podem ter maior eficácia terapêutica, sendo utilizado para óleos essenciais raros ou de custo mais elevado.
4. Extração por meio de solvente
Este é um método utilizado para se obter as moléculas aromáticas principalmente de flores, as quais possuem características hidrossolúveis ou são extremamente frágeis e desintegram-se com altas temperaturas, não podendo ser extraídas pela destilação a vapor.
Os absolutos podem ser obtidos de qualquer planta, devido ao menor custo e redução do tempo de extração. Porém, para utilização na aromaterapia, indica-se apenas o uso da extração com solvente para plantas onde não seja possível a extração por outro método, ou seja muito dispendioso. Normalmente, extraem-se as moléculas aromáticas por solvente de flores delicadas como jasmim, rosas e néroli (flor de laranjeira).
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Referências
1. Burger, P., Plainfossé, H., Brochet, X., Chemat, F., & Fernandez, X. (2019). Extraction of natural fragrance ingredients: History overview and future trends. Chemistry & biodiversity, 16(10), e1900424.
2. Faucon, M. (2017). Traité d’aromathérapie scientifique et médicale, les huiles essentielles: fondements et aide à la prescription. Éditions Sang de la terre.
3. Wolffenbüttel, A. N. (2019). Base da química dos óleos essenciais e aromaterapia. Belo Horizonte: Editora Laszlo.